Formula E - Di Grassi destaca importância do classificatório em Mônaco

Pista historicamente dificulta ultrapassagens, mas piloto salienta que combatividade nas provas da Fórmula E faz a diferença


Há décadas o traçado de Mônaco é chamado de “joia da coroa” em uma referência dupla: por ser disputado em um principado e, também, por sua importância para o automobilismo em geral (o primeiro Grand Prix foi realizado em 1929) e para a Fórmula 1 em particular (o traçado já estava no calendário no ano de estreia da categoria, 1950, quando a etapa foi vencida pelo Alfa Romeo do argentino Juan Manuel Fangio). 

Mas, como todos os grandes eventos, a corrida de Mônaco tem fases boas e ruins: em 1951, a prova da F-1 foi cancelada por (quem diria) falta de verba. Hoje as competições mais importantes disputadas lá são a F-1 e a Fórmula E. E o que mantém as corridas em Mônaco são o status, a tradição e a aura nobre que ainda marcam os eventos no Principado. Mas não necessariamente pelo dinheiro: as provas em países árabes são as novas minas de ouro.

Esportivamente, Mônaco sempre foi e continua a ser controversa. O traçado estreito, com poucas áreas de escape e muito potencial para acidentes, são alvos de críticas, cujo tom sempre é elevado quando algo mais dramático acontece. Mesmo assim, todos querem competir lá. 

Geração – “Eu vejo essas características como algo que varia de categoria para categoria. A Fórmula E já fez provas lá com muitas ultrapassagens, em 2021, quando usávamos a geração de carro anterior à que estamos usando agora. Então, temos que ver como será com o Gen3, nosso atual equipamento, que vai estrear lá. Mas de qualquer forma o classificatório para o grid vai definir muito de quem terá chances de pódio nessa corrida, justamente por que as ultrapassagens são mais difíceis”, frisou o brasileiro. 

“O fato é que a Fórmula E possui um nível de combatividade durante as corridas que é difícil de atingir. Você tem disputas o tempo todo por praticamente todas as posições. É muito equilibrada e isso resulta em brigas constantes. É o que vamos ver em Mônaco novamente”, detalha o brasileiro, que atualmente compete pela equipe Mahindra.

Em nove temporadas de Fórmula E, a prova deste final de semana será a sexta na história da categoria. Recordista de vitórias e pódios, Di Grassi tem até o momento dois pódios em Mônaco, um no campeonato 2014-15 e outro na temporada na qual foi campeão, 2016-17.

Além do objetivo esportivo, o trabalho de Lucas também tem como foco desenvolver tecnicamente o trem de força da Mahindra, visando preparar o modelo para a parte final da temporada.

“Espero que seja uma prova competitiva para nós, mas temos que ter os pés no chão. Vamos trabalhar passo a passo tendo em mente uma melhora para a parte final da temporada. Mas aqui em Mônaco o objetivo é voltar aos pontos”, observa ele.

Com oito das 16 provas disputadas, Di Grassi atualmente é o 14º na tabela, com 18 pontos. O líder é o alemão Pascal Wehrlein, da Porsche, com 100. Confira os horários (Brasília) deste final de semana:


Sábado (06/05)

02h25 – 03h15: Treino livre 1

04h05 – 04h55: Treino livre 2

05h40 – 06h55: Classificação

10h03 – 11h30: Corrida

Fonte Rodolpho Siqueira - fotos: Lou Johnson/Spacesuit Media

Categoria:AUTOMOBILISMO